A necessidade de reduzir o ruído emitido para valores aceitáveis é uma prioridade importante para muitas empresas. Nestas ações de redução de ruído estão frequentemente em causa investimentos significativos, e há que assegurar o sucesso do projeto e a minimização dos seus custos, sendo esta uma preocupação maior dos responsáveis. Dai a importância de existir uma abordagem objetiva no que se refere à avaliação dos impactos dos investimentos a efetuar.
No entanto, a experiência tem demonstrado que, frequentemente, e sobretudo no caso de instalações de grande dimensão e/ou complexidade, as medições de níveis de ruído, só por si, não permitem obter resultados muito fiáveis nem uma visão clara do real impacte sonoro das diferentes fontes. Além disso, não fornecem geralmente informação suficiente para a tomada de decisão quanto às medidas a implementar, pois não permitem identificar e classificar fontes de ruído, nem possibilitam uma previsão dos resultados expectáveis de uma determinada intervenção corretiva. Outro aspeto a ter em conta, consiste na dificuldade que as avaliações “tradicionais” têm em apresentar resultados de fácil leitura por não especialistas. Tal facto dificulta a comunicação efetiva dos resultados de medidas minoradoras do ruído aos potenciais interessados, como sejam a comunidade envolvente, organismos estatais, autarquias, organizações ambientais, etc., não potenciando devidamente os efeitos dessas medidas na imagem da organização.
Assim ainda é comum ocorrer, sob pressão de circunstâncias, e com alguma ignorância das capacidades atuais da engenharia acústica, a implementação de investimentos avultados, feitos mais ou menos avulso, em medidas de redução de ruído. Por mais ao menos a avulso referimo-nos a investimentos feitos com base no “ouvidómetro”, quase à adivinhação, e sem uma forte justificação técnica. Algumas vezes, quase por sorte o resultado destes investimentos é bom, mas algumas vezes não o é….
Esta abordagem não é compatível com os requisitos de gestão de hoje em dia, em que é norma uma detalhada justificação de cada euro investido.
Neste contexto, para efetuar um investimento em redução de ruído numa instalação existente, deve-se se assegurar que:
• No final da implementação das medidas de redução de ruído, um ou mais recetores fiquem expostos a níveis de ruído pré-definidos, inferiores aos existentes.
• Isto seja alcançado através da implementação de uma ou mais medidas;
• Estas medidas cumpram, constrangimentos de diversa ordem, existentes nas instalações emissoras de ruído,
• Se conheçam as diversas alternativas de medidas existentes;
• Se conheça o custo de cada alternativa,
• Se conheça o impacto estimado de cada alternativa, em termos de ruído no(s) recetor (es);
• Que a empresa fique na posse de uma poderosa ferramenta de diálogo com os queixosos e com as diversas entidades do estado e outras entidades relevantes,
• Exista garantia de resultados;
• Que a relação custo/beneficio seja a melhor;

Isto pode ser alcançado com base num modelo numérico, previamente realizado, que permita hierarquização de fontes em função das contribuições nos pontos recetores, como o que a seguir se pode ver.

distribuicao_superficies

 

Algumas aplicações:
• Determinar o impacto sonoro nos locais de trabalho com base em métodos de cálculo sofisticados;
• Assegurar que os limites legais de ruido são assegurados ainda na fase de projeto;
• Calcular a distribuição sonora em recintos;
• Otimizar a conceção acústica de recintos de lazer e restaurantes;
• Calcular os efeitos acústico de paredes ou painéis acústicos com absorção sonora a variar localmente;
• Determinar parâmetros descritivos da qualidade da acústica de interiores e outros parâmetros psicoacusticos relacionados com desempenhos musicais e/ou da fala;
• Planear diferentes configurações acústicas em salões multi-uso de acordo com a sua utilização (concertos, conferências, etc.).

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